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Gilberto Almazan
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Um peso e duas medidas

Por Gilberto Almazan - Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região 03 jun 2025

Em 22 de maio, o Ministério da Fazenda havia divulgado uma série de ajustes no IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) com o objetivo de reforçar a arrecadação federal e ajudar no cumprimento da meta fiscal. A estimativa com as alterações, segundo agências de notícias, é de arrecadar mais de R$ 60 bilhões em dois anos.

No entanto, diante de forte reação e pressão do mercado, em menos de 12 horas, após anunciar o aumento, o governo recuou parcialmente. Os dois pontos retirados foram: as remessas de fundos de investimento nacionais para o exterior, a alíquota permanecerá zerada, como era antes da medida. E o envio de recursos por pessoas físicas para investimentos fora do país, a alíquota seguirá em 1,1%, sem alteração.

Enquanto o governo estuda alternativas para atender as pressões do mercado financeiro, fica evidente a diferença de tratamento quando comparamos com as pautas de interesse da classe trabalhadora. Para barrar retrocessos ou avançar em direitos, os trabalhadores e trabalhadoras precisam reforçar a mobilização, organizar atos e pressionar parlamentares. Já o mercado? “Um telefonema basta.”

Essa diferença de o e poder reforça a urgência de fortalecermos nossa representação no Congresso Nacional. Precisamos de parlamentares comprometidos com a pauta da classe trabalhadora, que articulem nossas demandas com prioridade e firmeza, e que enfrentem os interesses do capital com coragem. Só com uma bancada alinhada aos nossos interesses poderemos reverter esse cenário de desigualdade política.

Nas eleições que se aproximam, não esqueça: vote em quem tem compromisso com a classe trabalhadora. Só assim, quem sabe, teremos um peso e uma medida. Vamos juntos, buscar a justiça social que merecemos.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #10