O INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) registrou variação de 0,35% em maio, uma desaceleração em relação à taxa de 0,48% observada em abril — uma queda de 0,13 ponto percentual. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 10, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Essa desaceleração, ainda que moderada, é um sinal positivo de alívio na inflação percebida pelas famílias com renda mais baixa, público diretamente impactado pelo INPC. A queda do índice contribui para a expectativa de que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), indicador oficial da inflação no país, também apresente menor pressão nos próximos meses.

“Através da análise do INPC podemos compreender de forma mais precisa o quanto a renda dos trabalhadores e trabalhadoras tem sido impactada ao longo do tempo. Por isso, o Sindicato utiliza o índice como referência nas campanhas salariais, não apenas para repor as perdas inflacionárias, mas também para buscar ganhos reais”, destaca o economista técnico do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) da subseção dos metalúrgicos de Osasco, Guilherme Palmieri.

Imagem: Agência Brasil

Embora o grupo Habitação tenha registrado uma elevação de 1,19% em maio, outros segmentos apresentaram altas mais moderadas, como Saúde e cuidados pessoais (0,52%), Despesas pessoais (0,34%), Vestuário (0,33%), Alimentação e bebidas (0,26%), Comunicação (0,10%) e Educação (0,04%). A manutenção desse ritmo mais contido nos principais grupos pode contribuir, no médio prazo, para um ambiente mais propício à redução da taxa básica de juros (Selic), à medida que a inflação se consolide em patamares mais baixos.

Menos Juros – Na terça-feira, 17, os sindicatos filiados à Força Sindical irão participar do “Ato Contra os Juros Altos”, em frente ao Banco Central para pressionar o COPOM (Comitê de Política Monetária) do Banco Central que irão se reunir para definir a taxa Selic.

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